Perdão, a maior dádiva Divina
Texto: Mt 18.23-27

Querido, dentre as muitas dádivas que o nosso Deus amoroso tem nos dado, a maior delas é o perdão. Pois ele é o remédio para a alma adoecida, a terapia para a alma sofredora, a liberdade para a alma cativa.
A vida cristã gira em torno desta palavrinha tão singela e ao mesmo tempo tão complexa, pois tanto o céu como a terra dependem dela (Mt 6.12). Somos ensinados não somente a recebermos o perdão, mas tambem a darmos o perdão. Mas o que é perdão, realmente?
Vamos responder esta dúvida olhando o perdão na ótica de Deus para com o homem (Mt 18.23-27). Humanamente falando nossa dívida para com Deus era astronômica e impagável (v.24,25), porém Ele, movido de íntima compaixão, perdoou nossas dívidas (v.27).

Isto nos mostra que perdão na ótica Divina:

1) É graça restauradora (Lc15.17-20): o filho movido pelo sentimento de independência abandonou a casa paterna e foi viver dissolutamente; agora, no fundo do poço, decide voltar arrependido à casa paterna a fim de conseguir uma vaga de jornaleiro (Lc 15.17-19), e tal surpresa foi para ele ao chegar descobrir que seu pai lhe esperava ansiosamente, pronto a lhe perdoar, restaurando todos os seus direitos de filho (Lc 15.20-24). Isto é perdão gracioso. Você já experimentou o perdão de Deus nesta ótica? Se não, convido-lhe a correres aos braços da graça restauradora.

2) É ponto final (Mq 7.19): quando Deus perdoa está perdoado, Ele lança nas profundezas do mar (mar esse que chamo de esquecimento). Deus não perdoa e depois traz a rosto, quem tenta fazer isto é o diabo, que vive tentando pescar nossos pecados já perdoados. Alguém contou que certa vez ele tentou fazer isto com Martinho Lutero, mostrando-lhe uma lista de pecados antigos, os quais Martinho Lutero aos ler reconheceu-lhes, porém disse a ele: “você esqueceu-se de um detalhe: o sangue de Jesus já me perdoou de todos eles”. Querido, se Deus te perdoou, não sofras mais por eles tendo uma consciência atormentada, pelo contrário, desfrute do perdão de Deus e ponto final.


3) É página nova em nossa vida (2 Co 5.17): Deus, ao nos perdoar, põe um ponto final, vira a página, e começa a escrever nossa história em uma página nova (claro que esta é uma linguagem figurada de expressarmos nova oportunidade). Nesta nova página temos a oportunidade de viver uma nova vida com Cristo, experimentando seu poder perdoador, poder esse que nos liberta da escravidão do pecado, conduzindo-nos a uma novidade de vida (Rm 6.4).

Concluindo, caro amigo: tempo não apaga pecado. Os irmãos de José, vinte anos após, ainda carregavam consigo a culpa do pecado (Gn 42.20-23). Quanto mais tempo alimentarmos esse sentimento de culpa, mais seremos flagelados pelos verdugos da consciência (Mt 18.34), causando amargura insuportável na alma. Nem mesmo o silêncio resolve teu desgosto, pois o silêncio não é a voz do perdão, e sim da amargura (Sl 32.1-5). Davi, ao ocultar seu pecado e não reconhecê-lo diante de Deus, perdeu as coisas mais valiosas de sua vida – a saúde, a paz de espírito, a felicidade e o favor divino. Ao invés destas coisas, experimentou a culpa e o tormento interior como castigo.
Amigo, viva o perdão de Deus em sua vida, pois ele, através do sangue de Jesus (1Jo 1.7), é transcendente e ilimitado (Lc 17.4,5).
Procure Jesus, abra seu coração e desfrute da maior dádiva de Deus – “o perdão”.



Pr. Adriano Uber de Mello
Dirigente do setor Cedro

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