A VINDA DE JESUS ESTÁ PROXIMA.
(Rm.13.11-14; 1Co.15.51-52)

Quando falo da vinda do Senhor, quero me referir ao arrebatamento (Latim raptus: raptar, tomar com força), pois a vinda do Senhor no sentido de parousia é muito abrangente. Olhando para a vinda do senhor num todo, podemos dividi-la em duas fases distintas: invisível (arrebatamento) e visível (manifestação em glória) aos olhos naturais.
Na invisível virá arrebatar a igreja, na visível virá com a igreja. Na invisível só os salvos o verão, já na visível todo olho verá. Na invisível virá nas nuvens, porém na visível pisará no monte das oliveiras. Na invisível virá como noivo, depois na visível virá como Rei dos reis e Senhor dos senhores.
Vamos no deter somente na fase invisível chamada arrebatamento, pense comigo:

I. Como entender à aproximação da vinda de Jesus:
No mundo moderno de hoje, poucos se fala neste assunto, porém aos interessados existe dois meios de relacionar esta questão:
* Pelos fatos relacionados a Israel e ao mundo: olhando neste foco temos o renascimento de Israel como nação (Ez.37.1-12), a proliferação dos falsos profetas (Mt.24.4-5), o aumento dos escândalos religiosos (Mt.24.10-11) e a multiplicação da iniqüidade (Mt.24.12-13). Tudo isto assinala os tempos trabalhosos e difíceis de nossa geração.
* Pela característica iminente de sua volta: Iminência quer dizer: a qualquer instante, sem aviso prévio.
Biblicamente o arrebatamento será iminente; primeiro pelo sentido da palavra, doutra forma deixa de ser um rapto, segundo pela forma de processo, ou seja, a qualquer instante, mostrando que pode acontecer a qualquer momento, olhe esses textos: “Vigiai, pois não sabeis quando virá o Senhor...” (Mc.13.35), “Vigiai, pois não sabeis a que hora virá o Senhor...” (Mt.24.42). Devemos estar em alerta, pois ele pode vir a qualquer momento e não esqueça, só os salvos subirão.

II. Como se dará a vinda de Cristo:
Esse é outro ponto muito importante, pois aqui surgi muitas especulações e pretendo mostrar biblicamente dois pontos de vista:
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Ela se dará dentro de algumas comparações:
A primeira é a do abrir e fechar de olhos (1co.15.52): não esta em voga o piscar de olhos, pois o piscar é um fechar e abrir de olhos, a comparação bíblica é o contrário mostrando que o mundo esta dormindo, quando acordar a igreja já foi e isto se dará “num momento” (v.52), tempo este indivisível, mostrando a rapidez do arrebatamento.
A segunda é a do ataque de um ladrão (1Ts.5.1-6): esta é um alerta para quem está dormindo espiritualmente,ou seja, quem vive nas trevas (v.2-4), estes serão surpreendido pelo dia do Senhor e sua rapidez. Já os salvos não serão pego de surpresa, pois eles estão acordados vigiando (v.4,6).
A terceira é a de uma convocação (1co.15.52): agora sim é só para os salvos, pois trombeta fala de convocação e essa convocação seguirá esta ordem: o Senhor descendo (1Ts.4.16-17), a trombeta soando (1Co.15.52) e os salvos indos ao seu encontro transformados.
* Ela se dará a meia noite espiritual:
A bíblia é cheia de fatos relacionados à meia noite: neste horário um anjo passou dizimando os primogênitos do Egito (Ex.12.29), também Gideão tocou a buzina contra os Midianitas (Jz.7.19) e por fim esta foi a hora em que as dez virgens ouviram um clamor: ai vem o noivo! (Mt.25.6).
É claro que não me refiro a uma meia noite literal, mais sim espiritual e por que a meia noite espiritual? Porque a meia noite termina um dia e começa outro dia.
Terminará para a igreja o dia de sofrimento e começará o dia de alegria, terminará o dia na terra e começará o dia no céu, já para o mundo terminará a paz e começará a guerra, terminará a tranqüilidade e começará a tribulação.
Em suma, será alegria para uns e tristeza para outros; alegria para os noivos que se encontram e tristeza para os demais que ficarem.

III. O que a vinda do Senhor requer de nós:
Aqui alcançamos o ponto nevrálgico da questão, pois nossa relação com a vinda do Senhor depende desses requisitos básicos:
* Vigilância constante (Mc.13.32-37): Jesus foi claro e enfático nesta questão, nos mandado primeiramente olhar (v.33), esse olhar tem três dimensões: para cima, ou seja, para Jesus nosso autor e consumador da fé, para frente onde está nosso porto seguro e ao nosso redor onde as calamidades estão acontecendo (Mt.24.3-14). Depois vigiar (v.33), esse estágio exige dedicação, pois assim como os atalaias, nós não podemos estar despercebidos antes devemos estar atentos, pois não sabemos a que hora vira o Senhor; se à tarde ( momento preocupante), se à meia noite (momento transitivo), se ao cantar do galo (momento despertativo), se pela manhã (momento visível) (v.35). Por fim devemos orar (v.33), a oração é a alavanca que nos põem de pé, sem oração morremos, por isto devemos orar para não entrar em tentação (Mt.26.41), vencer a batalha e permanecer firme (Ef.6.12,13).
* Prontidão diária (Rm.13.12): Paulo diz que essa prontidão leva-nos: a rejeitar as obras das trevas (v.12), a andar diligentemente (v.13) e revestir-se do Senhor Jesus Cristo, ou seja, ter o caráter de cristo(v.14).
* Comunhão ativa com o Espírito Santo (Ef.4.30): essa comunhão não pode ser entristecida e muito menos rompida, pois é Ele quem mantém a nossa candeia espiritual acesa (Mt.25.7-9) e será Ele quem transformará nossos corpos mortais em corpos espirituais (1co.15.52).

Concluindo: na verdade, a vinda do Senhor está próxima, apesar de ter escarnecedores dizendo: onde está a promessa de sua vinda? Porque desde a antiguidade tudo permanecem como desde a criação (2Pe.3.4), eles na verdade ignoram que um dia para o Senhor é como mil anos e mil anos como um dia e que o Senhor não retarda sua promessa, ainda que eles a tenham por tardia (2Pe.3 8). Nós porém sabemos que a nossa salvação está, agora, mas perto do que quando aceitamos a fé (Rm.13.11).


Pr. Adriano u. de Mello
Dirigente setor Cedro